top of page

Resenha: A Carteira

Conflito entre o dever e o desejo

A Carteira foi publicado originalmente em 1884, em A Estação e narra um acontecimento da vida de Honório, um advogado que vivia de empréstimos e estava com a carreira afundando, vivendo também de fachada. Certo dia ele encontra uma carteira no chão, e fica confuso sobre o que fazer com ela.


Honório pensa por horas sobre o que fazer com o objeto, e após muito tempo de indecisão, indo para vários lugares e refletindo se devia entrega-lo à polícia ou abri-la para encontrar dinheiro, decide verificar o que há nela, encontrando várias cartas e bilhetes, que não abre, e uma grande quantia de contos de réis, o suficiente para pagar uma dívida que por sinal era para o dia seguinte. Ele pensa em usar o dinheiro, mas sua consciência fala mais alto e ele acaba descobrindo que a Carteira era de Gustavo, amigo dele que ia a sua casa toda noite, quando conversavam, jogavam e onde Gustavo ouvia D. Amélia — esposa de Honório — tocar piano. D. Amélia vivia sempre solitária, e agradada pelo marido, que não lhe contava sua situação financeira.


Honório vai para casa e encontra a esposa e Gustavo, um pouco preocupados. Ele entrega ao amigo a carteira e vai logo se retirando. Gustavo pega a carteira e entrega os bilhetes para D. Amélia, que os rasga, pois eram bilhetes de amor.


O conto tem como tema principal o conflito moral que se passa na cabeça do personagem principal. Honório enfrenta várias dúvidas e indecisões, ficando confuso e perdido sobre o que fazer, o certo ou o errado. Machado consegue mostrar através do conto que a moral depende das circunstâncias, trazendo grande cunho filosófico e realista à estória.

Destaque
Tags
bottom of page