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Análise: Adão e Eva

  • Elias Gabriel
  • 16 de out. de 2015
  • 2 min de leitura

​(Desenho de Giulia Valente)


O conto Adão e Eva, de Machado de Assis, publicado em 1896, juntamente com os contos de Várias histórias , que apresenta uma série de contos preciosos para a literatura brasileira, podemos perceber claramente como Machado explora a psicologia humana utilizando-a como técnica em sua produção.


O conto segue o esquema de uma história dentro de outra e se passa na Bahia por volta de 1700 na residência de D. Leonor que possui convidados à sua mesa, dentre eles, o Sr. Veloso e o Frei Bento. Em um momento, depois que D. Leonor apresenta um doce aos convidados, eles passam a discutir sobre quem é mais curioso, o homem ou a mulher, em que o Sr. Veloso conta uma história diferente daquela que está na bíblia sobre Adão e Eva.


Trata-se de um relato historicamente oposto de Adão e Eva, pois apresenta o mundo como criação do Diabo e que foi Deus que consertou o mal presente na criação, fruto do maligno. Com a criação do homem e da mulher com os instintos mais ruins, Deus intervém e implanta em Adão e Eva o amor, tornando-os sublimes e os conduzindo ao paraíso. Logo depois, o Diabo arma um plano junto à serpente para fazer com que Adão e Eva comam do fruto proibido. Tentam em vão, pois tem o fruto recusado. Vendo isso, Deus fez com que o homem e a mulher subissem ao verdadeiro paraíso e deixassem o antigo ao seu criador.


E assim termina o relado do convidado, deixando todos achando que tudo não se passava de uma brincadeira do seu narrador. O conto apresenta então o oposto de uma questão, ou seja, uma outra história da criação.

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