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Análise: O Espelho

  • Ana Beatriz Mendes
  • 15 de out. de 2015
  • 2 min de leitura

  • Personagens:

Jacobina: Tinha entre quarenta e cinquenta anos, era provinciano, capitalista, inteligente, astuto, quando mais jovem nomeado alferes o que lhe trouce muita vaidade, pois era elogiado demasiadamente pela família e amigos.


D.Marcolina: Tia de Jacobina de quem gostava muito, viúva do Capitão Peçanha, também seu tio, um tanto patusca;


Os quatro rapazes que serviram de público para a história de Jacobina.


  • Enredo:

Em uma noite quatro cavalheiros debatiam sobre questões metafísicas, e um quinto em companhia deles, Jacobina, que somente pronunciou-se quando os rapazes começaram a falar sobre a natureza da alma, contou-lhes uma história sobre a sua vida, com o objetivo de exemplificar o que havia afirmado aos companheiros: que existem duas almas, a interior e a exterior. O episódio trata-se de quando, em seus vinte e cinco anos, Jacobina fora nomeado, alferes da guarda nacional. O título causou muita inveja a alguns moradores da vila, mas também trouxe demasiado orgulho à sua família e amigos, que não lhe poupavam elogios. Então, foi passar um tempo no afastado sítio de tia Marcolina, que queria muito ver o mais novo sobrinho alferes. Jacobina tinha o ego preenchido todos os dias, a todos os momentos, pois a tia só metia a falar do mais novo acontecimento, estava tão orgulhosa que botou no quarto do sobrinho o que tinha de mais valioso na casa, um espelho, que tinha pertencido a membros da corte portuguesa, relíquia da família. Todos os dias Jacobino contemplava-se no espelho, tanto que acabou perdendo a própria essência, pois só pensava no tal do cargo de alferes. Até que um dia sua tia o deixa sozinho no sítio porque tem de ir visitar a filha doente, soma-se a isso os escravos que fogem da casa, deixando Jacobino completamente sozinho. E assim o moço fica por mais de uma semana, sentindo a solidão e por uns momentos até o medo. O rapaz parece somente conseguir salvar-se da angústia quando tem a ideia de vestir-se de alferes todos os dias para contemplar-se no tal espelho, quando faz isso, recupera a alma perdida junto com a partida da tia, e que sem a qual parecia não conseguir mais viver.


  • Tempo: Inicialmente linear, depois psicológico, quando Jacobina conta um episódio de sua vida.

  • Foco Narrativo: Narrador Onisciente, terceira pessoa.

  • Espaço: A casa localizada no morro de Santa Teresa, o sítio de D. Marcolina.

  • Temas: Alma Humana, questões metafísicas, a vaidade, solidão, o medo.

  • Características da Escola Literária: O descritivismo, a impessoalidade, a ironia, a linguagem culta e direta, o objetivismo.

  • Verossimilhança: A vaidade do homem, a necessidade de ser elogiado e reconhecido, e o medo diante da solidão.



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