Análise: A Sereníssima República
- Andreza Queiroz
- 15 de out. de 2015
- 1 min de leitura
ENREDO
O Cônego Vargas chama a atenção para uma nova descoberta. O cônego afirma ter achado uma espécie de aranha que fala e ter criado uma sociedade delas, denominada “Sereníssima Republica”. Ele escolhe o sistema de eleição baseado no da República de Veneza, onde retirava-se bolas de um saco com o nome dos eleitos. Este sistema mostra-se falho, as aranhas passam a fraudar as eleições o sistema necessita ser corrigido várias vezes, mostrando-se eternamente corrupto.
PERSONAGENS
Cônego Vargas – Responsável pela criação da Sereníssima República. Visto pelas aranhas como um ser superior, espécie de deus.
Aranhas – Formam a Sereníssima República. Burlam o sistema eleitoral imposto pelo Cônego Vargas.
FOCO NARRATIVO – Narrado em primeira pessoa, narrador personagem
TEMPO – Tempo cronológico. 1876, século XIX.
ESPAÇO – A conferência
TEMAS – Política e sistema eleitoral brasileiro. Através deste conto, Machado pretende mostrar que os partidos políticos sempre tentarão burlar o sistema eleitoral instituído. Através das aranhas, Machado propõe a mostrar como seria a República brasileira.
VEROSIMILHANÇA – A Sereníssima República de Veneza, a República como possível sistema brasileiro e o Jornal O Globo.
CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA LITERÁRIA PRESENTES NO CONTO
Foi publicado primeiramente na “ Gazeta de Notícias” em 1882, depois incluído no livro Papéis Avulsos. O conto é uma crítica ao processo eleitoral, sempre a mercê de fraudes. Através de uma metáfora reflexiva, Machado denuncia as irregularidades políticas. Sereníssima República traz personagens com moral distorcida, que utilizam a fraude para conseguir seus interesses.
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